Inventário
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Por uma vida presenteira
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Do que se foi...
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Amorizade
Camila diz: amiga, tu não estás mais falando direito comigo.
por que, hein?
Duda diz: é porque quase nunca eu estou aqui. agora, mesmo, estava lendo uma tese.
Camila diz: tou órfã de tu.
Duda diz: eu deveria dizer que estou órfã de tu, também, mas estou órfã é de mim, mesmo.
Camila diz: mas tu fica bem sem tu.
eu, não. =(
*Porque nossa amizade é daquelas coisas que não têm fim. E com ou sem ausências, de um jeito ou de outro, é de mãos dadas que a gente vai!
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Dos presentes...
A Dona Mel (http://jardimdemell.blogspot.com/), a flor mais linda de um jardim super colorido, presenteou-me com essa surpresa tão encantadora. Para continuar a brincadeira, chegou a minha hora de indicar leituras e presentar pessoas queridas. Lá vai minha listinha de casas que merecem ser visitadas.
1. Para a menina Cris, que me encontrou justamente quando eu estava precisando ser encontrada. As palavras mais doces, os carinhos mais bonitos, você encontra aqui: http://blog-chao-de-estrelas.blogspot.com/
2. Para a menina-borboleta, dona do sorriso mais bonito do mundo, que chegou e não vai mais embora, seja como for. Aqui, tem até samba, se você quiser: http://www.nelmioparadiso.blogspot.com/
3. Para o amigo poeta, aquele tão jovem, mas que já tem tanto talento no trato com as palavras. Aqui, você encontra engenharia das boas: http://www.laminalucida.blogspot.com/
4. Para Ziris, outra trabalhadora das letras, mais uma que me encontrou e que eu nunca mais quero que desencontre. Palavras para todos os dias, sempre: http://ziris-umtoquedevida.blogspot.com/
5. Por fim, devolvo o mimo, com o mais profundo desejo de que perdure esse encontro de almas promovido pelas letras, pela internet e, principalmente, pela vida: http://jardimdemell.blogspot.com/
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Eram os dois
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Braços estirados
- Cris Carvalho -
As coisas mudaram no dia que ela decidiu se entregar. Não lembra em que instante isso aconteceu, mas desejou ficar diferente, com menos rancor, menos mágoa, menos peso. Parou de procurar quem deixou de pagar a conta e esqueceu todos os devedores pelo caminho. Na bagagem, só o estritamente necessário. Eliminando sobras, aprendeu a aparar as arestas. Dos pertences, restou apenas o desperdício de si, a entrega, o arrebatamento. Pegou nos ares a estrela caída do céu, colocou no cabelo, como um iluminado enfeite, e foi. Peito aberto. Braços estirados. A vida, agora, era qualquer coisa pura, qualquer coisa livre, qualquer coisa genuína. Nada é pesado demais para quem tem asas.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Para Clara
Dói. Mas há que se entender os rumos da vida.
Clara passava dias a depositar impossibilidades numa branca folha de papel. Criava castelos, montanhas e fadas com giz-de-cêra. Dos desenhos, guardava as cores. Céu, sol e flores amarelas, amar-ela. De repente, foi acometida por uma doença de nome estranho: leucemia. Continuou a colorir. Quando as coisas pioraram e o corpo começou a enfraquecer, a menina passou a entender sobre a dor. Conviveu com ela por quase dois anos. Era duro, mas acostumou. E da dor, tirou o alívio. Na bagagem que levou para o hospital, um punhado de estrelas, uma porção de esperança e muitos potes de vida. Vida por toda parte. Sempre. Sempre. Sempre. É por isso que não vou falar da morte. Nem da dela, nem da minha, que também morri um pouco quando ela partiu. Não vou falar da morte porque a morte é nada perto da inocência e do riso lindo que me vêm à mente cada vez que fecho os olhos.
Menina-Luz!
*Vai fazer um mês que Clarinha foi lá pra cima alumiar a vida da gente. Sei que papai do céu fez isso porque ela é uma menina especial demais para viver as chatices que a adultice traz.
domingo, 5 de setembro de 2010
Das grandezas...
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Pequeno conto do destino III
Quando menino, vivia de espada em riste,
fazia desenho nos ares e batalhava contra o vento.
Depois de crescido, encarou lutas mais duras,
guerrilhava pela crença absoluta numa ideologia.
Foi quando outro menino apareceu e, de assalto, robou-lhe a luta.
João foi herói na vida.
Mas morreu da maneira mais ordinária: virou estatística.