- Adriana Falcão -
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Por mais estrada debaixo dos pés
- Adriana Falcão -
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Dos afazeres...
Natália,
Hoje o dia foi corrido. Chega a madrugada e eu ainda aqui, envolvida com os estudos da pós. No meio de uma leitura, lembrei você e resolvi escrever mais essas linhas. Está aí uma coisa que acho importante reafirmar desde já: penso-te todos os dias. Em você e em Júlia, claro. Vocês são as irmãs que eu não tive e as amo com uma força que me escapole, ultrapassa. Escrevo porque soube que você anda meio preguiçosa com os deveres da escola. Sei o quanto são importantes as brincadeiras com as amigas e os joguinhos de computador. Sei também que fingir-se modelo, secretária, bailarina, professora, apresentadora de TV e essas tantas que você inventa durante as tardes é determinante para formar o que você é. As atividades dessa ordem devem ser consideradas sempre de primeira grandeza, mas é importante, também, que entre tantos afazeres você arrume algum tempo para fazer as tarefas de casa. Entenda que as pessoas são nascidas para realizar o que gostam e também o que não gostam e, algumas vezes, uma coisa só acontece por causa da outra. Igual quando só lhe é permitido assistir ao filme no dvd se tiver comido legumes na hora do almoço. É a mesma coisa com as tarefas: se você não as fizer, vai acabar indo mal na escola e se isso acontecer... Melhor nem pensarmos nessa hipótese, não é mesmo? Você deve estar achando que hoje eu desatei a falar asneira, mas, acredite, dentro de alguns anos você vai deixar de gostar da maioria das brincadeiras e pode até sentir falta das tarefinhas que deveria ter feito. A isso, as pessoas chamam crescimento. Estude, então, para quando mudarem as suas prioridades. Só tome cuidado para não ficar adulta a ponto de achar bobas as histórias que são escritas para crianças, pois aí, sim, seria uma grande tolice.
Pense nisso.
Carinho,
Duda
terça-feira, 27 de julho de 2010
Primeiro amor
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Declaração Universal da Amizade
A presente declaração proclama a amizade como o melhor presente que um homem poderá dar ao outro ao longo da vida, devendo ser direito universal e inalienável de todos e tendo como único objetivo promover e difundir o amor entre irmãos.
Artigo I
É direito fundamental do homem livre a construção de laços de amizade e toda pessoa, independentemente de sexo, raça ou credo, deverá ter pelo menos um melhor amigo ao longo da vida.
Parágrafo único: Entre os melhores amigos serão permitidas as maiores intimidades, sendo possível confiar, inclusive, segredos que não se contaria nem para si mesmo.
Artigo II
Apenas critérios da ordem do coração serão aceitos na construção de uma amizade.
Artigo III
Homem algum jamais padecerá de uma mão amiga em momentos de queda.
Artigo IV
A todo e qualquer amigo será dado o dom do resgate.
Artigo V
1. Fica determinado que os amigos deverão, pelo menos uma vez na vida: dormir na casa um do outro, brincar de cabaninha durante a madrugada, participar de promissores projetos de negócios que jamais darão certo.
2. É permitido aos amigos o fracasso.
3. É livre a existência de amigos imaginários e permite-se, inclusive, que um animal seja considerado o melhor amigo do homem.
Artigo VI
Nenhum amigo sumirá arbitrariamente da vida do outro.
Artigo VII
"Eu te amo" será a frase de ordem numa relação de amizade e deverá ser dita sem pudores, em qualquer instante do dia ou da noite, sob quaisquer circunstâncias.
Artigo VIII
É permitido a um amigo morar no abraço do outro sempre que isso for necessário. Quando não for, também.
Artigo IX
É permitido aos amigos brigar e até machucar verbalmente um ao outro, entendendo os instantes de crise como necessários para o fortalecimento da amizade, desde que os laços sejam reatados com nós ainda mais firmes.
Parágrafo único: A pena paga em discussões de longa duração deverá ser de abraços, carinhos e sorrisos.
Artigo X
Um amigo poderá contatar o outro a qualquer instante, independentemente da distância ou entraves logísticos de outra ordem, pessoalmente, através de cartas, telefonemas, torpedos, pombo correio ou sinal de fogo.
*Para Camila, Rafael, Crisly, Aninha, Bruna e Joyce
domingo, 25 de julho de 2010
Noites de terça
sábado, 24 de julho de 2010
Parceria
Amizade é matéria de salvação."
- Clarice Lispector -
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Pequeno conto do destino
Trabalhava desde menina. A mesma rotina maçante, dia após dia.
Estendia roupa no varal quando a trupe passou: curiós cantando e dançando por toda parte.
Tinha palhaçada, sim senhor! Tinha marmelada, sim senhor!
Balões co-lo-ri-dos em tão variados tons que ela chegou a ficar tonta.
Largou a trouxa e fugiu com o circo.
Mas continuou a viver na corda bamba.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Oração pelos dias que virão
* Para Júlia e Natália.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Menina-música
terça-feira, 20 de julho de 2010
Fotossíntese
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Meninice
"Me cansei de lero-lero,
dá lincença, mas eu vou sair do sério!"
- Rita Lee e Roberto de Carvalho -
domingo, 18 de julho de 2010
Dor na corda bamba
sábado, 17 de julho de 2010
Sobre o tempo...
Recife, 17 de julho de 2010
Natália,
Duda
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Uma boca de sorrir poemas
E o amor, quando é de verdade?
Zé: Vortô pra ficá, né?
Maria: Não, acho que minha sina é sempre caminhá.
Zé: Tu carece é de criar raíz, menina.
Maria: Num fala assim, Zé, eu sinto que andei, andei, andei e num cheguei a lurgar nenhum. Sinto que um tanto de coisa eu perdi e um tanto de coisa eu num consegui achá... Vivê é assim mermo, Zé? Essa coisa doida que muda sempre? A separação de quem a gente quer? Andança sem pará, Zé? Parece tudo sonho. Vivê é isso, Zé? E o amô, Zé, quando é de verdade? E felicidade, Zé, quando é de verdade?
Zé: Ói, a felicidade é o contrário do amô, né? A felicidade...
Maria: E na vida, Zé, o que vem depois da morte?
Zé: Num sei. A gente só sabe perguntá, num sabe responder não
Maria: Acho que meu destino é sempre fazer o caminho de vorta. Adeus, Zé!
Zé: Mas será pussivi, menina, que nossa sina seja sempre se dispidi?
Maria: É não, Zé! Nossa sina é sempre se incontrá!
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Ela veio para ser pássaro
"Mas você tem cento e vinte borboletas
pousadas na sua tiara.
Você pode voar a qualquer momento!"
- Rita Apoena -
Uma lágrima e uma reza
quarta-feira, 14 de julho de 2010
Ela já entendeu tudo
Do que resta
terça-feira, 13 de julho de 2010
Inventário de mim mesma
- Caio Fernando Abreu -