quinta-feira, 15 de julho de 2010

Ela veio para ser pássaro



"Mas você tem cento e vinte borboletas
pousadas na sua tiara.
Você pode voar a qualquer momento!"

- Rita Apoena -

O único cativeiro que ela tolera é a liberdade. Das habilidades que conhece, a que sabe melhor é voar. Quando nasceu, todos sabiam: Ana veio para ser pássaro na vida. É sina. Há que se respeitar. Há que se entender. Vive pela busca incessante de um amor que ela sabe, morrerá. Porque nada nessa vida é permanente, nem os amores. E é justamente por acreditar num amor que nasce e morre nele mesmo, que ela voa alto e vive muitos e muitos amores ao longo da vida, sempre com a intensidade do que é eterno enquanto dura. Deixo para Ana a mais preciosa de todas as minhas propriedades: uma casa nas nuvens, muito bem localizada naquele momento do dia em que o céu está mais azul, mais límpido, mais brilhante, que é para ela sair voando por aí, enchendo o mundo de bonitezas. Tendo asas, um pedaço de céu é tudo que ela precisa para voar e continuar buscando.

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