"Me cansei de lero-lero,
dá lincença, mas eu vou sair do sério!"
- Rita Lee e Roberto de Carvalho -
Se eu tivesse que desejar alguma coisa para as próximas gerações, desejaria o brilho dos olhos de uma criança ao se perceber pela primeira vez diante do mar, pois é a inocência que faz crescer os jardins de dentro da gente. E amor, eu sempre soube, acontece quando o adulto deixa sorrir a criança que carrega dentro. Aninha cresceu, mas jamais deixou de ser menina. Ela decidiu não desistir dos sonhos, do encanto, dos sorrisos. É daquelas que saem do circo acreditando no poder da magia, mesmo sabendo-a truque. E é exatamente aí que mora a sua meninice. Aninha não é a criança, nem o mar, ela é o espanto. Guardei para ela o alumbramento dos banhos de chuva em noite de verão, das brincadeiras de roda e das manchas de azeitona roxa na barra da saia. A minha eterna capacidade de encantamento e toda a inocência que, com algum esforço, eu cultivei durante a vida. A infância é um bem precioso demais e ela é a pessoa certa para cuidar deste milagre.
Ela vai chorar, viu? digo mesmo.. rsrssr
ResponderExcluir"Como são belos os dias
ResponderExcluirDo despontar da existência !
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é – lago sereno,
O céu – um manto azulado,
O mundo – um sonho dourado,
A vida – um hino d’amor !
(...)
Oh ! dias de minha infância !
Oh ! meu céu de primavera !
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã !
Em vez de mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã !"
(Meus oito anos - Casimiro de Abreu)
Tinha que ser Joyce pra postar uma coisa dessas. A poesia caiu perfeitamente. Lindo demais!
ResponderExcluirAmiga, esse foi o melhor texto e herança que já postasse. Como é lindo apreciar esse teu dom com as palavras. Como não sou boa com olhinhos brilhante só vou te dizer uma coisa: Te amo! A maior herança eu já tenho que é sua amizade. Beijos! (L)
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