domingo, 18 de julho de 2010

Dor na corda bamba


Buscava notícias de tempos distantes resgatando lembranças no passado fazedor de memórias. A cada novidade que recebia, um acontecimento pior. Amiudou-se. E deu de engolir lágrimas, determinada que estava em parecer firme. Impedia as lágrimas de caírem por determinação, não por falta de vontade de chorar. Amparada numa dor concreta, que a embalava e sustentava. Do corpo, só restaram os átrios e os espaços vazios por onde passava o ar. A vida ficou suspensa num fôlego. Dor na corda bamba. Suspirou três vezes, pelo pai, pelo filho e pelo espírito santo. Pensou em desistir, mas decidiu seguir adiante com o músculo que sangra, pelos dias que viriam.

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