sexta-feira, 16 de julho de 2010

Uma boca de sorrir poemas


Ele tinha um dom inebriante de parir desejos. Sem rumo, seguia tragando olhares. Sua principal direção era o descaminho. Artista das letras, vivia do ofício de esculpir palavras. Pintava, cortava, colava, separava, refazia e ia construindo frases inteiras. As palavras saíam feito música de uma boca de sorrir poemas e viravam flor, que ele ia plantando do lado de dentro das moças bonitas que encontrava ao longo do trajeto. Andava pelo mundo a espalhar querências.

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